CLÁSSICOS:

THE CLASH - Magnificent Seven

MACACOS DO DESERTO


Humbug já roda aqui em casa há algum tempo e é óbvia e por demais repetida a mudança de som que os rapazes de Sheffield engendraram ao terceiro álbum. Para isso muito ajudou a produção de Josh Homme, líder dos Queens Of The Stone Age e um dos homens mais respeitados do rock actual. Nota-se o som mais poeirento e também resquícios do trabalho paralelo de Alex Turner com os Last Shadow Puppets. Mas nem só Homme se ocupa da produção... em honra aos "velhos tempos", James Ford (metade da dupla Simian Mobile Disco e responsável pela produção dos dois primeiros álbuns) produz três faixas do disco.
Pessoalmente sempre preferi o lado mais saltitão dos Arctic Monkeys mas ainda assim este Humbug agrada-me e é um bom disco, assumidamente menos pop, que vai crescendo com o tempo. Dêem-lhe uma segunda oportunidade.


GUESTBOX

O vosso fiel escrivã hoje andou a mandar larachas por outros lados. Foi a convite do blog Xukebox (uma das referências da blogosfera nacional e que merece a vossa atenção), que orgulhosamente me encarreguei de espalhar a palavra por outras paragens. À Mariana e ao R2D2, o meu muito obrigado pelo convite.

Chegou esta semana o vídeo para Sink or Swim, o primeiro single dos Bad Lieutenant, super-grupo liderado por Bernard Summer, que vos apresentei previamente aqui. Ao contrário do esperado parece que Alex James será apenas um colaborador, uma vez que não aparece como membro da banda no myspace. Em todo o caso, o álbum sai a 12 de Outubro e a expectativa não baixa por causa disso:

COOL BRITANNIA! by A.Neves - 2nd ACT

ROSA CHOQUE

Cá estou eu de novo malta com mais novidades da Big Ben's Land. Enquanto toda a revista do social teima em fazer manchetes com as aventuras e desventuras de Katie Price e Peter Andre (deixa-me angustiado que ele tenha o nosso nome pá!) os bons álbuns multiplicam-se como pequenos coelhos. Exemplo disso é o recém lançado “A Brief History of Love” da dupla Robbie Furze & Milo Cordell, mais conhecidos no mundo artístico por The Big Pink.
Neste álbum de estreia, a dupla londrina faz questão de nos bombardear com uma autêntica explosão de sensações antagónicas. Desde o início ao fim, cada faixa é distorcida em fervorosas pinceladas de amor e romance, ora cintilante, ora cinzento, dando a sensação de estarmos constantemente a balançar numa corda onde num dos extremos tocamos no universo letal e shoegaze de bandas como Jesus and Mary Chain ou Siouxsie And The Banshees, e no outro abraçamos as batidas new wave electrónicas de bandas como Metronomy, ao qual não deve ser alheio a experiência de Milo Cordell nestas andanças, pois foi ele o responsável dos bem sucedidos lançamentos de “Atlantis To Interzone” e “Alice Practice” através da por ele criada e gerida Merok Records.
Pensar num equilíbrio de emoções entre estes dois extremos pode ser mais fácil do que parece à primeira audição, pois os The Big Pink mostram nesta sua estreia que pode resultar numa simbiose muito agradável. Contudo o álbum não está isento de um par de temas mais insípidos. Pena é que estes rapazes tenham decidido fazer a abertura dos espectáculos dos Muse, mas apenas no Reino Unido. Assim, não os veremos em terras lusas tão depressa. Para ouvir fica o single de estreia, já disponível há algum tempo, Dominos:




Até Breve

CASABLANCAS, THE MAN


Enquanto Albert Hammond Jr. e Fabrizio Moretti se dedicaram à folk, musica brasileira e afins nos seus projectos paralelos, Julian Casablancas mostra que sabe bem o que quer. Os Strokes até podem nem voltar tão cedo... mas daqui só virá coisa boa! O primeiro single do seu disco a solo já é conhecido, assim como a capa de Phrazers For The Young, a sair a 19 de Outubro. Já faltou mais...

Ouçam/vejam ainda uma pequena preview do álbum, que desvenda mais alguma coisa:


SOLTAS:

PASSION PIT

O quinteto de Cambridge Passion Pit, que alguns críticos conceituados da nossa praça dizem ser uma imitação dos MGMT (que agora fica sempre bem dizer mal dos hypes...), eram uma das estreias mais aguardadas para este ano, um pouco por todo o lado. Pois bem, cá em casa o disco está aprovado com distinção. Manners está cheio de canções pop nem sempre directas, com electrónica q.b., refrões orelhudos e a voz de cana rachada de Michael Angelakos... que poderá cansar alguns.
Por cá foi um fiel companheiro durante este Verão e ainda não me abandonou às primeiras chuvas, consolidando-se como uma das melhores estreias do ano.





Podem ainda ouvir o bombástico remix de Calvin Harris para o primeiro single The Reeling aqui.

REMIX:


This Sweet Love (Prins Thomas Sneaky Edit) - James Yuill

SOLTAS:

Espécie de cruzamento Editors-Interpol-Joy Division. Chamam-se O.Children e têm este primeiro single produzido por James Rutledge. Nada de novo mas... extremamente viciante!

ELECTRONIC EDITORS

Papillon é o novo single dos Editors e apresenta o terceiro álbum da banda de Tom Smith. O álbum chama-se In This Light and on This Evening e chega às lojas em Outubro. Se seguir o rumo mais electrónico desta faixa pode desiludir os mais puristas... a mim parece-me muito bem:


estreia: COOL BRITANNIA! by André Neves

Hoje inauguro aqui uma breve colaboração com o velho amigo André Neves (que já tinha feito algumas aparições esporádicas aqui). Desta vez o André irá contar-nos as suas aventuras e desventuras musicais durante a sua estadia em Londres. Sejas bem-vindo André, e para a semana há mais:

Olá de novo malta, cá estou eu para dar novamente uma mãozinha ao meu amigalhaço Breites com mais uns posts, desta vez all the way from the capital of Europe, e para os amantes da música, talvez, a capital do Mundo. Desde 19 de Julho que passo os meus dias nesta gigantesca cidade, a qual vou deixar exactamente 2 meses depois, com alguma mágoa na bagagem. É de facto insuperável tanta e tão boa oferta que podemos encontrar aqui no que toca a cultura, e não só.
Neste espaço vou falar-vos das minhas aventuras musicais por cá, bem como daquilo que faz moça nos ouvidos desta gente nestes dias de Verão. Para finalizar gostaria de felicitar o meu amigo de longa data, pois o blog começa a ser um espaço que não passa despercebido aos mais velhos nestas andanças, sendo mesmo reconhecido como “blog da semana” no Cotonete. Well Done!

1st ActFIELD DAY, Victoria Park, London, 01/08/2009

Esta foi a minha 1ª experiência musical nesta cidade onde cloudy é a palavra de ordem. Pois bem, neste dia o sr São Pedro voltou a não dar tréguas e a chuva fez as honras do dia. Só depois de a noite cair houve alguma piedade lá de cima. Mas nem estas condições adversas estragaram o dia aos festivaleiros. Cheguei por volta das 5, a tempo ainda de ver os australianos The Temper Trap. Nada mau para começo do dia. Guitarradas agudas, envolvidas em teclados rendilhados a folk, tudo isto contrabalançado pela voz doce de Dougy.
Seguiu-se a banda que me levou ao festival, The Horrors. Já aqui muito bem disse desta banda, e voltaria a repetir e ainda acrescentava algumas linhas. Percorrendo desde o início ao fim o seu mais recente trabalho Primary Colours, sem tempo para paragens em Strange House, o quinteto provou que 2009 é o ano do horror, ficando desde já aqui o meu voto para Mercury Prize.
Seguiu-se mais uma fera da nova vaga do electropop britânico. Victoria Christina Hesketh, que em palco passa a Little Boots, é mais uma das ninfas cintilantes que o presente ano trouxe até nós. A jovem menina e seus companheiros rapidamente transformaram o palco Bugged Out! num qualquer cabaret decorado a néons e discos voadores. onde dançar era palavra de ordem. Ainda no mesmo palco, seguiu-se o set de Erol Alkan. Ora se parar de dançar já era tarefa hercúlea, mais ainda se tornou.
A chuva abrandou um bocadinho, e de volta ao palco principal lá estava eu para apreciar o concerto da norte-americana Santigold. Concerto morno, talvez condicionado pelo tempo cinzento e pela qualidade do som, demasiado baixo e distante.
Para finalizar o dia deparei-me com um dilema. E agora, continuo nesta onda leve e orelhuda ao som dos Mystery Jets, ou avanço para o mundo experimental e intimista de Mogwai? Excelente seria ver as duas bandas. Não sendo possível, optei pelo Britpop carregado de canções de amor dos Mystery Jets. Só podendo falar do que vi, deixem que vos diga que foi um concerto daqueles. Ambiente de clube londrino, concerto para não mais que 500 pessoas, mas acredito que não houve uma única alma que saísse de lá decepcionada, e de certeza que muitos como eu levaram no ouvido coisas como “If I only knew your name I’d go from door to door…”. Os temas destes nativos são autênticos pushpops (lembram-se?). No fim do concerto ainda encontrei 10,50£ que dão sempre jeito!



Voltarei em breve com mais novidades cá de cima!

SOLTAS:

CLÁSSICOS:

Agora que está também a fazer 20 anos da edição do primeiro disco dos Stone Roses e voltaram às lojas reedições com os devidos extras, também Ian Brown parece estar em alta. Pelo menos é o que deixa transparecer na magnífica Stellify, que apresenta o EP com o mesmo nome e que antecede o novo álbum, a editar ainda este mês.
Stone Roses, o álbum, é só um dos mais importantes marcos da música inglesa, e um dos que ajudou a definir aquilo a que hoje se chama o som de Madchester. Absolutamente clássico!
Hoje fica para audição uma faixa que me diz bastante:

I'M NOT YOUR TOY

É só para avisar que LA ROUX tem novo single. Mais uma boa faixa esta I'm Not Your Toy. Fica o vídeo:



E prometo não voltar a falar de Elly Jackson, a ruiva com mais pinta do ano (que me desculpem as outras), nas próximas semanas.

EVERYTHING IS NEW

Jack Peñate é um rapaz bem disposto.
Se não é parece. Em Everything Is New, o seu segundo disco, Jack Peñate conta com a produção de Fatboy Slim e delicia-nos com uma pop afunkalhada, com cheiro a ska e a África, que lembra de certa forma a sonoridade do projecto megalómano que Norman Cook (ou Fatboy Slim...) editou este ano. Chamava-se The BPA e falei dele aqui.
Mas nem só de ritmos quentes vive o álbum uma vez que o pop/rock tipicamente britânico também anda por aqui. A sua voz chega, aliás, a lembrar a de Robert Smith mas por aqui tudo é mais colorido. Sem dúvida um dos álbuns que mais me refrescaram neste tórrido Verão que parece dá já sinais de algum cansaço...
Ainda vão a tempo, até porque boa música nunca tem época específica para ser ouvida!






EU VOU!

Hoje e amanhã é dia de LanFestival, aqui a cinco minutinhos de casa. Hoje abrem os SOAPBOX, amanhã fecham os X-Wife. Pela meio há ainda Os Pontos Negros e U-Clic... nada mau.

SOLTAS:

BLOG DA SEMANA

É com orgulho que anuncio que Who's Playing At My House foi eleito o Blog da Semana no Cotonete. Podem ler o artigo sobre o blog, uma espécie de entrevista, aqui.
Muito obrigado a todos os habituais visitantes e também à equipa do Cotonete.
No final do mês iremos a votos para o Golden Blog do mês...

RUI MAIA, I BELIEVE IN YOU

Rui Maia, o homem por detrás da maquinaria dos X-Wife, aventura-se agora a solo. Num terreno mais electrónico que a sua banda de origem e entre homenagens ("Moroder, I Believe In You") e colaborações (o vocalista João Viera, o poeta Valter Hugo Mãe...) o que ressalta à vista é que pode (e deve) sair daqui mais um nome a ter em conta na presente e futura música nacional. Pensando em discos do ano passado, ouve-se por aqui ecos dos Padded Cell ou de Syclops... Nada de muito óbvio portanto.



É obrigatório ouvir mais e fazer o download gratuito do EP Mirror People no site da Optimus Discos.
E no próximo Sábado há X-Wife em Abrantes.

PS: Valter Hugo Mãe deu show no Palavras na Relva em Paredes de Coura, por onde também andaram João Viera e Rui Maia, como simples e (quase) anónimos espectadores.

LA ROUX LIVE

Já vos disse que adoro esta miúda?



Afinal já tinha dito...