estreia: COOL BRITANNIA! by André Neves

Hoje inauguro aqui uma breve colaboração com o velho amigo André Neves (que já tinha feito algumas aparições esporádicas aqui). Desta vez o André irá contar-nos as suas aventuras e desventuras musicais durante a sua estadia em Londres. Sejas bem-vindo André, e para a semana há mais:

Olá de novo malta, cá estou eu para dar novamente uma mãozinha ao meu amigalhaço Breites com mais uns posts, desta vez all the way from the capital of Europe, e para os amantes da música, talvez, a capital do Mundo. Desde 19 de Julho que passo os meus dias nesta gigantesca cidade, a qual vou deixar exactamente 2 meses depois, com alguma mágoa na bagagem. É de facto insuperável tanta e tão boa oferta que podemos encontrar aqui no que toca a cultura, e não só.
Neste espaço vou falar-vos das minhas aventuras musicais por cá, bem como daquilo que faz moça nos ouvidos desta gente nestes dias de Verão. Para finalizar gostaria de felicitar o meu amigo de longa data, pois o blog começa a ser um espaço que não passa despercebido aos mais velhos nestas andanças, sendo mesmo reconhecido como “blog da semana” no Cotonete. Well Done!

1st ActFIELD DAY, Victoria Park, London, 01/08/2009

Esta foi a minha 1ª experiência musical nesta cidade onde cloudy é a palavra de ordem. Pois bem, neste dia o sr São Pedro voltou a não dar tréguas e a chuva fez as honras do dia. Só depois de a noite cair houve alguma piedade lá de cima. Mas nem estas condições adversas estragaram o dia aos festivaleiros. Cheguei por volta das 5, a tempo ainda de ver os australianos The Temper Trap. Nada mau para começo do dia. Guitarradas agudas, envolvidas em teclados rendilhados a folk, tudo isto contrabalançado pela voz doce de Dougy.
Seguiu-se a banda que me levou ao festival, The Horrors. Já aqui muito bem disse desta banda, e voltaria a repetir e ainda acrescentava algumas linhas. Percorrendo desde o início ao fim o seu mais recente trabalho Primary Colours, sem tempo para paragens em Strange House, o quinteto provou que 2009 é o ano do horror, ficando desde já aqui o meu voto para Mercury Prize.
Seguiu-se mais uma fera da nova vaga do electropop britânico. Victoria Christina Hesketh, que em palco passa a Little Boots, é mais uma das ninfas cintilantes que o presente ano trouxe até nós. A jovem menina e seus companheiros rapidamente transformaram o palco Bugged Out! num qualquer cabaret decorado a néons e discos voadores. onde dançar era palavra de ordem. Ainda no mesmo palco, seguiu-se o set de Erol Alkan. Ora se parar de dançar já era tarefa hercúlea, mais ainda se tornou.
A chuva abrandou um bocadinho, e de volta ao palco principal lá estava eu para apreciar o concerto da norte-americana Santigold. Concerto morno, talvez condicionado pelo tempo cinzento e pela qualidade do som, demasiado baixo e distante.
Para finalizar o dia deparei-me com um dilema. E agora, continuo nesta onda leve e orelhuda ao som dos Mystery Jets, ou avanço para o mundo experimental e intimista de Mogwai? Excelente seria ver as duas bandas. Não sendo possível, optei pelo Britpop carregado de canções de amor dos Mystery Jets. Só podendo falar do que vi, deixem que vos diga que foi um concerto daqueles. Ambiente de clube londrino, concerto para não mais que 500 pessoas, mas acredito que não houve uma única alma que saísse de lá decepcionada, e de certeza que muitos como eu levaram no ouvido coisas como “If I only knew your name I’d go from door to door…”. Os temas destes nativos são autênticos pushpops (lembram-se?). No fim do concerto ainda encontrei 10,50£ que dão sempre jeito!



Voltarei em breve com mais novidades cá de cima!

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