Ora é com muito prazer que volto a esta “casa” deste meu ilustre amigo, desta vez para ser elemento “postante” pela 2ª vez. Este post vai ser em modo folheto tripartido, pois vou aqui falar de 3 projectos distintos, unidos, cada um à sua maneira, pelo encanto:
Antony & the Johnsons @ Coliseu dos Recreios
Pois é, fui um dos felizardos que teve o prazer de assistir ao regresso, desta vez em nome próprio, do Mr (ou Mrs como ele deixa transparecer) Antony Hegarty e os seus mais que competentes pupilos The Johnsons. Se há coisa que não tenho parado de ouvir recentemente é a voz sublime desta figura que tem tanto de estranho como de excêntrico, mas que tem acima de tudo é dono de um talento invejável. Durante o concerto, Antony Hegarty mesclou a melancolia das suas canções com diálogos alegres que manteve com os seus fãs, falando de temas como a sua descendência, feminilidade, ou a beleza da serra de Sintra. Saliente no seu discurso foi também o descrédito com que vê a religião Cristã.
Duas intensas horas de concerto levaram Antony a viajar, não só pelas faixas mais fortes do último LP “The Crying Light”, mas também pelos grandes marcos da sua ainda curta carreira, destacando-se "Hope There's Someone" com que o cantor encerrou uma noite para recordar...Technical KO, Yeah Yeah Yeah´s wins!
Existem duas “Karens” que me deixam completamente extasiado. Se a primeira é uma personagem de ficção (Natascha McElhone) da muito bem-humorada serie Californication, já a segunda é a irreverente Karen O, figura de proa dos Nova Iorquinos Yeah Yeah Yeah´s. Com o seu 3º album, It´s Blitz (será que a conhecida revista portuguesa de música tem alguma coisa a ver com isto?), os YYY´s demonstram uma vez mais que são uma das bandas indie mais sólidas do momento. Liderados e muito bem pela sua carismática vocalista, que até já se recusou a ser capa da Playboy, os YYY´s demonstram no seu 3º LP que a hegemonia pertence aos sintetizadores, perante as guitarras.
Nem o aparecimento precoce de material referente ao álbum na Web, que obrigou à sua antecipação do início de Abril para o início de Março (versão digital), fez com que Karen O e companhia perdessem o norte. As batidas electrónicas que caracterizam o disco não afastam possíveis fâs mais obtusos, pois não se trata de uma revolução completa, mas sim de uma evolução, numa banda que tem tudo para ver o seu trabalho nos já habituais tops que o fim do ano nos reserva. K.O, you rock!
Skeletons - Yeah Yeah Yeahs
Zero (MSTRKRFT Remix) - Yeah Yeah Yeahs
Um Horror? Longe disso...
Se há 30 anos atrás fosse dito que a cena independente da música britânica vestida de negro da época iria perdurar nos dias de hoje com uma força tremenda e um lugar sempre muito especial nos nossos corações, provavelmente poucos iriam acreditar. Mas a verdade é que hoje em dia, apesar das vigorantes novas tendências, deparamo-nos com muitos filhos a ouvirem muita música feita nos tempos dos pais. E se há banda que recentemente nos proporcionou um estoiro deste sentimento saudosista foram os The Horrors.
O mais recente trabalho deste quinteto Londrino, Primary Colours, é sem dúvida, uma obra-prima. Se aquando do seu primeiro trabalho, Strange House, algumas pessoas olharam com desconfiança esta banda, rotulando-os de banda cartoon, com cabelos engraçados mas sem talento, hoje essa ideia teve forçosamente de ser reformulada. Primary Colours é tudo aquilo que épicos como Loveless, Psichocandy ou Unknown Pleasures representaram para as suas épocas e para a eternidade.
Ao ouvirmos o single de apresentação do álbum, Sea Within A Sea, percebemos desde logo que a evolução do quinteto foi brilhante e muito rápida. O vocalista Faris Badwan deixa de lado a sua voz austera para dar lugar ao seu lado mais emocional, acompanhado por uma sonoridade acid house. Contudo é talvez com Who can say que a banda demonstra tudo o que hoje em dia é capaz de fazer, numa autêntica reencarnação de Ian Curtis no seu lado mais intimista. Brilhante!
Ainda nem estamos a meio do ano, mas Primary Colours é forte candidato a se afirmar como um dos melhores do ano. Eu vou mais longe, este álbum vai perdurar bem vivo nas nossas memórias para lá de 2009, tal como Desintegration ou Unknown Pleasures permanecem bem vivos nas nossas memórias!
O mais recente trabalho deste quinteto Londrino, Primary Colours, é sem dúvida, uma obra-prima. Se aquando do seu primeiro trabalho, Strange House, algumas pessoas olharam com desconfiança esta banda, rotulando-os de banda cartoon, com cabelos engraçados mas sem talento, hoje essa ideia teve forçosamente de ser reformulada. Primary Colours é tudo aquilo que épicos como Loveless, Psichocandy ou Unknown Pleasures representaram para as suas épocas e para a eternidade.
Ao ouvirmos o single de apresentação do álbum, Sea Within A Sea, percebemos desde logo que a evolução do quinteto foi brilhante e muito rápida. O vocalista Faris Badwan deixa de lado a sua voz austera para dar lugar ao seu lado mais emocional, acompanhado por uma sonoridade acid house. Contudo é talvez com Who can say que a banda demonstra tudo o que hoje em dia é capaz de fazer, numa autêntica reencarnação de Ian Curtis no seu lado mais intimista. Brilhante!
Ainda nem estamos a meio do ano, mas Primary Colours é forte candidato a se afirmar como um dos melhores do ano. Eu vou mais longe, este álbum vai perdurar bem vivo nas nossas memórias para lá de 2009, tal como Desintegration ou Unknown Pleasures permanecem bem vivos nas nossas memórias!
Who Can Say - The Horrors
Three Decades - The Horrors
Até uma próxima!
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