Enquanto aconselho vivamente o volume 9 das compilações da Kitsuné, aproveito para destacar - entre coisas novas que já aqui falei (Penguin Prison, Holy Ghost, Two Door Cinema Club...) e outras que pretendo falar brevemente (Jamaica, Silver Columns, Hurts, Monarchy...) - este torrãozinho de açúcar irresistível que aparece meio envergonhado já perto do final do alinhamento a relembrar a banda sonora do Juno. Chama-se Dreamin' e é da autoria do duo islandês Feldberg:
Ora aqui está uma banda pela qual eu tenho um especial carinho. Os New Young Pony Club, da agora loira, mas sempre simpática, Tahita Bulmer, superaram com distinção o desafio do difícil segundo álbum. Neste The Optimist o baixo continua marcante e há faixas que encaixariam perfeitamente no primeiro registo (veja-se Chaos). A evolução nota-se no entanto em algumas envolvências menos festivas, em novidades como We Want To (que me faz lembrar os Metronomy), ou na mais escura Before The Light. Se liricamente o álbum de estreia estava enamorado, este é mais desencantado, numa espécie de ressaca amorosa...
Os Black Rebel Motorcycle Club, responsáveis por algumas das melhores rockalhadas dos anos 00, acabam de lançar mais um disco. Se há bandas em que o nome encaixa como uma luva, esta é uma delas. Beat The Devil's Tattoo é feito de canções com vida, abrasivas sobre o cabedal preto em pleno Mojave, enquanto se enrola o punho com vigor, sentindo o vento a bater com mais força na barba por fazer, e se aguarda impacientemente pela próxima sequência de curvas. Nada mais interessa naquele momento, nada supera o prazer de andar sem destino à vista, até que os olhos cedam à poeira que teima em nos perseguir...
Os Mock & Toof, que vos apresentei aqui, têm um novo single. E que single, meus amigos! Chama-se Farewell To Wendo, conta com a participação vocal de Pollyester e antecipa o álbum de estreia da dupla. O vídeo que ilustra o tema foi realizado por Trevor Jackson, enquanto o esperado disco chama-se Tuning Echoes. Teremos de aguentar até Maio para lhe deitar a mão...
Depois de uma noitada valente no Porto, fiquei com duas certezas: Que a baixa do Porto está a fervilhar e também que iria lá bastante mais regularmente, assim a carteira não se queixasse tanto. Depois de pensar duas vezes antes de não festejar o golo da Briosa frente ao FCP e dar cabo de uma bela francesinha (premiada, dizem...), foi altura para conhecer mais um pouco da zona e continuar a noite no lindíssimo e acolhedor Teatro Sá da Bandeira, para uma edição do Clashclub que prometia bastante. As expectativas foram cumpridas, embora nunca se tivesse passado de forma consistente para o next level. O novato Ali Love confirmou as expectativas e proporcionou belos momentos (até depois de terminada a sua actuação...), os Fischerpooner apresentaram o seu novo espectáculo, maioritariamente atrás dos pratos, mas só com os originais Never Win e Emerge o TSB pegaria fogo, em oposição à incompreensível apatia do público perante Best Revenge. Tempo ainda para o animalesco Huoratron tomar conta dos comandos e contagiar cada alminha presente naquele espaço com a sua energia e poder debitado pelas colunas.
Os Two Door Cinema Club são um trio composto por Alex Trimble, Kevin Baird e Sam Halliday, todos bastante jovens, que nos chegam da Irlanda do Norte. Depois de alguns singles editados pela francesa Kitsuné, chega agora o primeiro LP, Tourist History.
Há umas semanas, aquando da apresentação do vídeo de Disconnected - uma das malhas do ano aqui em casa, avise-se já - comentava eu que havia qualquer problema com esta dupla nova-iorquina. O problema a que me referi era de divulgação/marketing, ou melhor, a falta dela/dele... É com alguma pena que vejo os Shy Child ignorados em blogs normalmente afectos a estas sonoridades, mas rapidamente cheguei à conclusão que o "problema" não é exclusivo de Portugal. Vejam-se os menos de 700 "fãs" no facebook à data...
Depois de ser dado a ouvir em primeira mão durante o dia de hoje, Plastic Beach, o impacientemente esperado terceiro álbum de originais dos Gorillaz, ganhou novo fôlego ao final do dia. É o prometido vídeo para o Stylo, com a participação do durão Bruce Willis a fazer papel de... durão. LINDO!
